2022 vem gerando muitas expectativas em relação à política, economia, vacinação, e retomada do turismo. Como em 2020 e 2021 o Brasil e o mundo enfrentaram um turbilhão de questões sobre a pandemia, medidas restritivas e lockdowns, o que todos querem é voltar a uma normalidade. A economia do Brasil em 2020 registrou contração de 4,1% e as projeções para 2021 são melhores, mas ainda pequena para alcançar o patamar pré-pandemia, já que o Banco Mundial projeta um crescimento de 5,3% para o país.
A multipropriedade foi um dos poucos segmentos do Brasil que manteve um crescimento em 2020 e 2021. De acordo com o relatório Cenário do Desenvolvimento de Multipropriedades 2021, elaborado pela Caio Calfat Real Estate Consulting, o mercado cresceu de 2020 para 2021 cerca de 17,36% no VGV Projetado e 17,43% em número total de empreendimentos. Obviamente, o resultado em vendas foi mais impactado, já que as salas de vendas ficaram boa parte do ano fechadas.
Um dos maiores players do segmento de multipropriedade, a New Time, consultoria em gestão e vendas para vacation club e multiporpriedade, fala suas expectativas para o ano de 2022. Com 11 anos de mercado, a New Time já atingiu mais de R$ 4,5 bilhões de vendas, lançou mais de 30 empreendimentos em 16 estados brasileiros e dois países da América do Sul, atuando em mais de 80 salas de vendas.
Confira a entrevista com os sócios da New Time:
Qual a retrospectiva de 2021 para a New Time? Pode-se afirmar que a pandemia ficou para trás?
Eduardo Honorato – Como sempre a multipropriedade, assim como o timeshare, são produtos que se saem muito bem em crises. No ano de 2021 tivemos um crescimento de 22% nas vendas relacionadas a 2020.
Ainda não podemos afirmar que a pandemia chegou ao fim porque tivemos o primeiro semestre bastante afetado, mas já no segundo semestre a recuperação está sendo muito boa! Iniciamos quatro grandes projetos de multipropriedade que estão indo muito bem e superando expectativas!!
Logo, pensamos que 2022 será um ano de muito sucesso nas vendas de multipropriedades no Brasil.
O país continua em recessão e as perspectivas para a economia em 2022 não são boas. Como isso pode influenciar nos segmentos de turismo e multipropriedade?
João Paulo Mansano – Acredito que o setor de turismo, principalmente a multipropriedade, passará longe de qualquer recessão, haja visto o que ocorreu nas últimas crises. Temos ainda que levar em conta que esse possível pequeno crescimento econômico se dará muito mais em função de um ambiente político incerto que de qualquer outro fator. Nós locais onde temos projeto e em conversa com os demais players do mercado o que temos visto é um segmento aquecido e pujante, trabalhando com índices de eficiência maiores que na pré-pandemia, diárias médias e ocupações altas e, consequentemente, atingimento de metas.
O ponto de atenção acredito que se dará por conta da retomada contínua do turismo externo, o que levará a classe média e média-alta para outros locais no ano que vem, trazendo impactos à curto prazo para o trade.
O que esperam de evolução no segmento?
Marco Vargas – A evolução se dará por preenchimento e ocupação. A elevada taxa cambial represa o interesse da classe média em explorar mais os pontos turísticos nacionais, o que estimula aquisição da 2° residência, esse preenchimento criará a necessidade de diversificação de produtos e, portanto, também permitirá por meio de novas ofertas, entrada da Classe A, com produtos segmentado para esse padrão de consumo, e produtos mais simples com mais facilidade de compra para as classes C e D.
Equipamentos mais nichados deverão permear as prateleiras das Incorporadoras. Essa diversificação fortalecerá ainda mais o papel das Consultorias. A New Time está muito antenada nesse cenário e se prepara para um futuro promissor.
Fonte: Turismo Compartilhado.
Deixe um comentário