O setor de turismo no Brasil deve crescer cerca de 15% em 2023 e a aprovação do PL 442/91, que legaliza os jogos no país, poderá inserir cerca de US$ 70 bilhões em investimentos, na avaliação de Bruno Omori, presidente do IDT-CEMA. Segundo ele, a atividade é a “cereja do bolo” e potencializará 52 segmentos econômicos com a abertura de cassinos e bingos.
O Brasil, conforme a OMT (Organização Mundial de Turismo) é o primeiro do ranking mundial em potencial de recursos naturais para o turismo. Possuímos uma população de mais de 210 milhões de habitantes, temos um povo receptivo, condições favoráveis de cambio que fortalecem consumo no mercado interno e o aumento das exportações, além de possuirmos produtos turísticos consolidados em todos os Estados.
Estudos em todo planeta comprovam que as novas gerações preferem viajar e viver novas experiências do que por exemplo, comprar um carro nos seus sonhos de consumo. Mesmo as gerações como dos “Baby Boomers, X e Y” também colocam o turismo na cesta de prioridades para aumento da qualidade de vida, e com o fenômeno consolidado das mídias sociais todos postam suas viagens difundindo suas experiências e fortalecendo seu status social.
Houve uma considerável melhoria no planejamento estratégico do turismo como efetuado no Estado de São Paulo, nos últimos 4 anos; assim como a implantação em todo Brasil de legislações criando por exemplo os distritos turísticos, com ampliação de municípios incorporando planos diretores de turismo, inventários turísticos e pesquisas de demanda, que possibilitará um crescimento sustentável do nosso mercado nos próximos anos.
Projetos turísticos/imobiliários como de multipropriedades tem proporcionado o aumento da oferta e da qualidade estrutural de produtos, especialmente em destinos de turismo de lazer com diversos lançamentos neste ano. Um exemplo será o Resort APM em Caieiras-SP com 300 Uhs e Centro e Convenções para 1.200 pessoas.
A cadeia produtiva do turismo chegará a uma oferta em 2023 de mais de 570.000 unidades habitacionais na hotelaria, 1,5 milhões de veículos para locação, 40.000 agências e operadoras de turismo, 80 parques temáticos e naturais, mais de 2,5 milhões de restaurantes e bares, mais de 3 mil centros de eventos, entre outros produtos turísticos (compilação de dados das principais entidades de turismo).
Desta forma, em 2023, podemos projetar que estes cenários em relação ao turismo do Brasil apontam para índices de crescimento de mais de 15% no mercado de lazer em relação a 2019 antes da pandemia, e com a retomada dos eventos e feiras o mercado de destinos corporativos tem projeções de crescimento de pelo menos 6% em relação aos patamares anteriores à crise mundial de saúde.
A cereja do bolo será a aprovação do Projeto de Lei 442/91 dos jogos e cassinos no Brasil, que possibilitará, a priori, a inserção aproximadamente de US$ 70 bilhões em investimentos nacionais e internacionais, que ativarão diretamente os mercados imobiliário, de construção, mobiliário , decoração, tecnologia, indústrias; na sequência entrarão a qualificação dos profissionais com a academia e entidades de ensino; para então chegar à operação potencializando o destino Brasil como seus 52 segmentos do turismo como, a hotelaria, gastronomia, eventos, cultura, transportes, shows e assim como o comércio em geral. Poderemos ter um orçamento próximo aos aplicados pelo Mexico de US$ 500 milhões, com os 12% dos montantes arrecadados para o turismo, que potencializará os destinos turísticos em todo país.
Bruno Omori
Presidente do IDT-CEMA, diretor de Hospitalidade e Jogos do FHORESP, conselheiro do CONTURESP, MBA em Turismo, Hotelaria e Entretenimento FGV, MBA Internacional OHIO UNIVESITY
Fonte: GMB.
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