Com mais de 70% da população totalmente imunizada, o mercado turístico já apresentou sinais de recuperação no final de 2021.



Depois de um período de isolamento social, as pessoas anseiam pela liberdade de colocar o pé na estrada ou a cabeça nos ares. Com o avanço da vacinação no país e a retomada gradual e intensa da produção, a expectativa é de crescimento no setor turístico em 2022. A previsão é que os brasileiros busquem mais o ecoturismo e a viagem de experiência.


Com mais de 70% da população totalmente imunizada, o mercado turístico já apresentou sinais de recuperação no final de 2021. O relatório da Associação Latino-Americana de Gestão de Eventos e Viagens Corporativas (Alagev) mostrou que, em setembro, o setor registrou 96% de aumento no faturamento, se comparado ao mesmo período em 2020, com injeção de R$ 453,4 milhões na economia. Confira tendências que podem impactar o setor neste ano, embora sujeitas às drásticas mudanças no cenário econômico internacional.


Viagens corporativas retornam com força


A pandemia provocou transformações profundas, inclusive nas formas de trabalho. Mas uma pesquisa realizada em 2020 pela Insights para o Turismo – Viagens Corporativas, da TRVL Lab Elo, mostrou que 61,59% dos entrevistados ainda consideram a viagem a trabalho fundamental na realização de grandes negócios. Para a economia, o comportamento representa um farol na neblina, já que as viagens corporativas são importantes na engrenagem do mercado de forma geral. Vale lembrar que o panorama hoje é bem outro, com a perspectiva de guerra no Leste Europeu.


Os brasileiros fazem, em média, de duas a três viagens de negócio por ano, com gastos entre R$ 1.000 e R$ 3.000 por viagem. Outra informação relevante é que 70% das pessoas que viajam a trabalho gostam de conhecer lugares novos, o que fomenta a economia local.


Quanto às viagens internacionais, a previsão otimista é que, com os turistas vacinados, cresçam a partir de junho, época da alta estação no Hemisfério Norte. Antes de agendar a viagem, é essencial observar as exigências dos protocolos de saúde do país de destino.


Com a incerteza ainda pairando no ar, por questões relativas à pandemia e agora com a expectativa dos rumos da guerra Rússia/Ucrânia, o conceito de flexibilidade entrou no planejamento do consumidor. Por decisão estratégica, ele prefere pagar um pouco mais e ter tarifas flexíveis, que permitem remarcar e cancelar sem custo adicional.


Outra questão que pede foco é a sustentabilidade. A mudança de mentalidade e compreensão dos impactos ambientais faz com que cada vez mais pessoas conciliem a paixão por viagens, com opções de turismo éticas e sustentáveis.


Redescobrir o Brasil


As restrições das viagens internacionais e o aumento do valor das passagens aéreas fizeram os brasileiros voltarem os olhos para o turismo interno. A tendência deve permanecer em 2022, com o desejo de buscar lugares novos e experimentar a sensação de primeira vez.


As escapadinhas de dois a três dias vão ser mais frequentes. As férias e os recessos serão aproveitados ao máximo. Pegar a estrada com a família surge como uma opção mais flexível e de baixo custo. Uma alternativa para ampliar o espaço e levar as bagagens sem sufoco é o rack de teto, com a versatilidade de levar malas, colchões, pranchas de surfe e bicicleta. Aí, é só colocar a playlist favorita e aproveitar cada momento com a certeza que é realmente único.



Fonte: A Voz da Serra.