A corrida eleitoral e a escalada dos juros básicos da economia devem dar o tom das discussões do setor imobiliário em 2022, indica a mais recente pesquisa do think tank Amazonita Clube, núcleo estratégico do grupo Mulheres do Imobiliário. Esses dois assuntos foram apontados como os que vão dominar a pauta do mercado no novo ano por, respectivamente, 58,2% e 61,2% dos profissionais consultados pela enquete.
Entre outros temas de peso, prometem estar nos debates setoriais a velocidade de retomada da economia (segundo 35,8% dos respondentes), que ainda patina, o volume e as condições de concessão de crédito imobiliário (29,9%), os impactos da pandemia da Covid-19 (23,9%), ainda longe do fim, e também a retomada -- ao menos parcial -- das atividades presenciais (também para 23,9% dos entrevistados).
Mesmo em meio a tantas incertezas, quase metade dos entrevistados pela pesquisa do Amazonita Clube diz que o mercado imobiliário vai crescer no Brasil no novo ano, seja moderadamente (40,3%) ou intensamente (7,5%). Um grupo bem menos expressivo, de 23,9%, acredita em contração.
Os segmentos imobiliários que devem oferecer as maiores oportunidades, ainda de acordo com o estudo, são o residencial -- tanto do ponto de vista de venda (49,3%) quanto de locação e renda (56,7%) --, o de galpões e condomínios industriais e logísticos (50,7%) e o de fundos de investimento imobiliário (43,3%).
As principais tendências do setor em 2022, na percepção dos entrevistados, serão: a consolidação dos formatos de produtos imobiliários impulsionados pela pandemia (65,7%), o aumento da demanda por espaços de trabalho flexíveis e mais próximos dos colaboradores (44,8%) e a continuidade no avanço da digitalização do setor (43,3%).
Para a enquete, o Amazonita Clube ouviu 67 profissionais atuantes no setor imobiliário brasileiro, sendo 77,6% mulheres, entre os dias 2 e 9 de dezembro. Mais de 43% deles atuam na gestão de empresas desse mercado.
Fonte: Exame.invest.
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