Os tokens são bem conhecidos no mercado cripto. Seu significado se resumir em ser uma representação digital de um ativo real, ou virtual, gravado em um blockchain, dando a possibilidade de ele ser transferido de uma pessoa para outra de forma digital. Quando falamos de mercado imobiliário, a lógica é a mesma. Infelizmente, a obscuridade legislativa sobre a possibilidade de ser ter propriedade em blockchain, acaba não dando sustento legal para a propriedade fora dos cartórios.


Indo para a prática, a Tokenização pode ser feita através de uma SPE (Sociedade de Proposta Específica), onde você registra o imóvel nessa SPE e, assim, fazendo com que ela seja proprietária deste ativo. Com isso, você poderá realizar a tokenização das quotas ou da própria SPE, fazendo com que você tokenize o ativo imobiliário.


Há diferenciação entre os tokens, por exemplo, temos o token utility e o security. Quando falamos em utility token, estamos nos referindo a um criptoativo que serve para acessar determinado produto ou serviço. Os secutiry tokens surgiram depois dos utility tokens, quando muitas empresas e startups conseguiram captar recursos por meio de ICOs.


A complexidade do assunto levanta a necessidade de discutir como integrar a população mais leiga dentro dele, tornando globalmente operável. Atualmente, possui-se marketplaces imobiliários onde os prestadores de serviços podem ofertar seus serviços. Essa oferta se dá pela plataforma, porém, as taxas para a oferta de serviço acaba sendo bem oneroso.


Atualmente, o modelo de negócio da Ribus pensa diferente. O prestador de serviço oferta seus serviços, mas acaba por escolher uma margem para manter em Ribus, que poderá ofertar para qualquer plataforma de negociação que aceite Ribus. Temos um bom exemplo de modelo de negócio baseado em token utility.


Os projetos mostram um grande crescimento do mercado, que pode aumentar a produção do Brasil dado as oportunidades de negócios. Como a regulação não está clara, mas algumas proibições são existentes, a oferta de token acaba por ser limitada a algumas situações específicas, como, por exemplo, a oferta privada.


Ainda que a regulação possa reprimir oportunidades de negócios, a quebra da barreira feita pela Blockchain permite que novos mercados surjam, como a Ribus, que também aproveitou de uma necessidade do mercado, eliminar um intermediador, para um setor específico.


Toda essa discussão pode ser vista na íntegra no episódio do Debate Descentralizado do dia 17/07/2022.




Fonte: Cripto Fácil.