A medida adotada pelo banco central chinês visa impulsionar o mercado imobiliário, o que favorece as produtoras de commodities



Enquanto a maior parte dos bancos centrais enfrentam um período de aperto monetário, o BC da China segue na direção contrária e tenta reanimar a economia local que sofre com a nova onda de coronavírus no país. 


O Banco do Povo da China (PBoC) cortou uma de suas taxas básicas de juros – a de empréstimos de cinco anos, de 4,60% a 4,45%. A taxa de curto prazo, de apenas um ano, ficou estável em 3,70%. 


Essa não é a primeira vez que o governo chinês mostra comprometimento com o estímulo à economia em meio aos novos surtos de covid-19 que atingem o país, mas a notícia foi muito bem recebida pelas bolsas locais e também em mercados dependentes do bom desempenho do setor de commodities – como o Brasil. 


Os economistas esperam que a medida ajude a impulsionar o mercado imobiliário chinês, que além do peso da covid-19 também sente os reflexos da derrocada da Evergrande, no fim do ano passado. 


A perspectiva de aquecimento do setor pressupõe uma maior demanda por aço e deslocamento. Por isso, o petróleo e o minério de ferro se recuperam dos tombos recentes. Em Cingapura, o preço do minério subiu quase 6%. 


No Brasil, a alta das commodities influencia o Ibovespa, que opera em forte alta. As empresas siderúrgicas aparecem entre as maiores altas do dia. 



Fonte: Seu Dinheiro.