A escassez de terrenos no mercado já estimula alguns projetos de porte reduzido a retomarem os lançamentos. É o caso da Urba, loteadora do grupo MRV. A companhia tem meta de lançar entre 4 mil e 4,5 mil lotes em 2021, o que representará um salto considerável em relação a 2020, quando ofertou apenas 250 unidades. Nos próximos cinco anos, as metas são mais ambiciosas, com previsão de 15 mil novos lotes por ano.


“O setor de loteamentos tem bastante procura dos consumidores, principalmente no interior do País. Mas ainda é um segmento pulverizado, com muitas empresas locais. Então, nos deu ‘um clique’ de que faz sentido avançar”, diz a presidente da Urba, Érika Matsumoto.


Se existe demanda e um estoque finito de determinado produto (ou serviço), o caminho natural é que a oferta suba para aproveitar o apetite dos consumidores, certo? No caso dos loteamentos residenciais, de acordo com a Aelo, associação que reúne as empresas do setor, há um empecilho: os altos custos de urbanização, que subiram 50%, atrapalham uma aceleração significativa dos lançamentos de condomínios pelo País. A expectativa, por isso, é que os lançamentos permaneçam estáveis em 2021 na comparação com 2020.


“Esse acréscimo tem trazido mais cautela para os lançamentos”, diz o presidente da Aelo, Caio Portugal. De maneira geral, o executivo também afirma que, apesar da queda brusca nos estoques de terrenos, os preços dos lotes ficaram, em média, 8,5% mais caros. A exceção, diz ele, são os condomínios fechados voltados para a alta renda. Nesses casos, alguns empreendimentos viram uma alta nos valores de venda de até 100% em pouco mais de um ano de pandemia de covid-19.


Fonte: R7.